Sustentabilidade deixa de ser pauta apenas ambiental e desperta a atenção do mercado financeiro. Entenda porque começar a aplicar práticas ESG na sua empresa. 
 
Há poucos anos, temas de sustentabilidade e meio ambiente no setor empresarial eram pautas ligadas ao marketing ou apenas de responsabilidade social corporativa. Nos últimos anos, porém,  com o alerta mundial de mudanças climáticas e pandemias, o risco climático finalmente despertou a atenção do mercado financeiro e mexeu com a valorização das empresas. A pressão, de fato, aumenta a cada dia para que organizações privadas, e também públicas, adotem de imediato o que o mercado tem chamado de ESG (Environmental, Social e Governance)
Afinal, é bastante lógico compreender porque o risco climático afeta a valorização das empresas no mercado: se houver seca, não haverá água para a produção nas fábricas; com eventos climáticos extremos e desmatamento, não há como assegurar a saúde dos trabalhadores; ou se tivermos inundações, as lavouras serão afetadas e as cidades não serão reabastecidas. O desenvolvimento sustentável tem tudo a ver com a prosperidade da economia e o setor privado precisa sentir sua carga de responsabilidade nessa missão já que as consequências são para todos, inclusive para o seu processo produtivo. 
Neste quadro, há dois anos consecutivos, Larry Fink, da gestora de fundos de investimentos trilionária Black Rock, divulgou em sua carta anual que os CEOs das empresas precisam se atentar à sustentabilidade, pois grandes investidores não aceitarão mais investir em negócios que desmatam e poluem, assim como a nova geração consumidora não irá mais tolerar marcas irresponsáveis com o planeta. 
Mas então, o que são as ESG? Lê-se a sigla como as práticas de gestão corporativa direcionadas ao comprometimento com o meio ambiente, o social e a governança
Entenda a seguir como começar a aplicá-los na sua empresa, de forma introdutória. 
 

Na prática: o Ambiental

No que diz respeito à conservação do meio ambiente, devemos ter em mente atitudes que apoiem e reduzam o impacto na biodiversidade, no aquecimento global, desmatamento, escassez de recursos hídricos, eficiência energética, etc. Portanto, práticas que reduzam o consumo de água, a queima de combustíveis fósseis e conscientizem sobre o gasto de energia. 
 

Na prática: o Social

Tudo começa com os nossos trabalhadores e trabalhadoras, que garantem a qualidade do nosso produto/serviço final. Garantir sua saúde, bem-estar e segurança dentro e fora do espaço corporativo, assim como atividades que impactem e beneficiem comunidades que vivem ao entorno da empresa são bem-vindas. Devemos compreender que a responsabilidade social é um dever cidadão.
Vale também a segurança dos trabalhadores no ambiente digital, com a proteção de dados e a garantia da sua privacidade, a diversidade da equipe e a satisfação do cliente. 
 

Na prática: a governança

Aqui entendemos governança como a administração da empresa. Devemos observar  sua conduta corporativa, seu relacionamento com entidades públicas, a existência de um canal para denúncias e a composição de um Conselho. Assegurar que os sistemas de controle ético e de diversidade no quadro de funcionários e membros da diretoria sejam respeitados.
 

E o que isso tem a ver com a Economia de Comunhão? 

Um recente estudo da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, afirmou que o abismo entre o crescimento dos países mais ricos em relação aos países mais pobres poderia ser 25% menor no último século se não fosse o agravamento do aquecimento global. O mesmo dado vale para o nosso país: se não fossem as consequências das mudanças climáticas com inundações, secas mais severas, ondas de calor e de frio intenso e com elas todas as implicações sociais que acometem especialmente os mais pobres, nosso país poderia ter crescido 25% mais.
Portanto, implementar uma gestão sustentável não só tem a ver com a valorização da sua empresa, mas também tem a ver com a redução da pobreza. 
 
Saiba mais sobre a Economia de Comunhão.