“A pobreza é a ausência de todos os direitos humanos. As frustrações, a hostilidade e a raiva geradas pela pobreza não contemplam a paz em nenhuma sociedade. Para experimentar uma paz estável nós precisamos encontrar caminhos para prover oportunidades para que as pessoas vivam vidas decentes”.
A frase acima é do vencedor do Nobel da Paz, Muhammad Yunus, também conhecido como o banqueiro dos pobres. Yunus defende já há alguns anos que é preciso mudar a lógica do nosso sistema econômico, encontrar caminhos novos e criativos para gerar oportunidades para quem mais precisa.
E se tem um grupo de pessoas interessado em encontrar caminhos novos e criativos, não temos dúvida de que são os empreendedores de negócios de impacto social. Para esses “inovadores”, não faz mais sentido trabalhar apenas pelo lucro. Se o dinheiro não vier acompanhado de melhorias sociais, então ele perde o sentido.
Por isso, recolhemos uma série de tendências de mercado, não só para 2020 na verdade, mas para o presente-futuro, capazes de inspirar e contribuir com o sucesso de quem deseja apostar em um negócio promissor e do bem!
Confira.

Internet das Coisas e Inteligência Artificial

Elas já estão presentes em nosso cotidiano com eletrodomésticos, relógios, celulares, sistemas de computador, aplicativos…tudo inteligente! E enquanto uns utilizam a tecnologia para produzir produtos de alto valor agregado, os empreendedores de impacto têm a oportunidade de aplicar tais tecnologias para minimizar riscos ambientais, reduzir a violência, proporcionar experiências mais personalizadas em educação, além de desenvolver sistemas capazes de auxiliar a saúde pública com mais eficiência.

Acesso à alimentação

Outra tendência são negócios voltados ao acesso à alimentação equilibrada e saudável. Empreender para resolver problemas de oferta de alimentos e seus impactos em obesidade e desnutrição, bem como na redução do desperdício de comida e geração de renda a partir dessa cadeia também são ótimas apostas de investimento social. Vale a pena conhecer o exemplo do Fruta Imperfeita. 

Moradia para erradicar a pobreza

Um dos grandes problemas sociais contemporâneos é a falta ou a precariedade da moradia para populações pobres, já que ela desencadeia muitas outras mazelas como saúde, segurança, educação, etc.
Toda a cadeia produtiva da construção civil, por exemplo, pode ser impactada por negócios sociais. Ideias para qualificar mão de obra, criar materiais alternativos mais baratos e ecológicos, além de sistemas de pagamento que envolvam microcrédito são algumas delas.

Energia renovável

Sabemos do enorme potencial do Brasil nessa área. Por isso, será de extrema importância desenvolver soluções que promovam o acesso da população de baixa renda à energia renovável, como a eólica e a solar, reduzindo seus custos de geração e distribuição.

Saúde

Outra tendência são os investimentos em soluções para prevenção de doenças e promoção da saúde. Aqui vale citar o exemplo do bilionário Bill Gates que, por meio de sua Fundação Billl e Melinda Gates, investe e desenvolve projetos para erradicar doenças em países pobres. Tecnologias de monitoramento, diagnóstico precoce, entre outras, figuram também na lista de tendências.

Civic Techs e Gov Techs

Na lista das tendências também estão as tecnologias que colocam o cidadão no centro das estratégias do poder público. As Civic Techs são startups que desenvolvem soluções para conectar comunidades a fim de resolver um problema público. No mesmo sentido, existem também as Gov Techs, empresas de tecnologia que desejam auxiliar o poder público com soluções inovadoras. A ideia é tornar os governos mais transparentes, comunitários, acessíveis à população. Uma boa dica é conhecer o trabalho da BrazilLab

Mobilidade

O grandes desafio da mobilidade nos próximos anos estará em aproximar a população das periferias dos serviços básicos de saúde, por exemplo, ou criar soluções de transporte adequadas para a segurança de estudantes em áreas remotas, de risco, favelas, etc. Além de mais soluções de compartilhamento de transportes a um preço acessível e adaptadas às demandas das populações de baixa renda.
Um exemplo bem famoso no Brasil é o Jaubra, ou “Uber da quebrada”. A startup viu uma demanda de mobilidade onde outros aplicativos de compartilhamento não chegam: nas periferias. A empresa cresceu tão rápido que teve uma enorme fila de espera de motoristas.

Empregabilidade

A maior tendência nesse campo é desenvolver soluções inovadoras para auxiliar as áreas de recursos humanos a realizar processos mais diversos e inclusivos. E nos próximos anos, deve crescer a demanda pela inclusão etária, juntamente com a social, a racial e a de gênero, já que a população vem envelhecendo e nossa pirâmide está se invertendo.
Se você chegou até aqui provavelmente sua cabeça já está cheia de ideias para novos empreendimentos ou para finalmente colocar em prática aquela ideia que está há anos no papel! Siga em frente!
E caso deseje se conectar com uma rede de empreendedores do bem, conheça mais sobre a Economia de Comunhão.
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*Com informações da Artemisia